Ele escorregou a mão para baixo do edredom. Ela estava quente, parecia suar, mas não de febre, de excitação. Resolveu se ajeitar na cama, encontrar uma posição que o colocasse mais próximo da mulher ao seu lado.
Ela estava estática, parecia temer qualquer movimento, não queria que ele percebesse sua vontade que sempre permaneceu oculta.
Precisava abraçá-la, colocou seu braço sobre o corpo dela. No primeiro momento parecia mais um carinho, um afago do que um abraço mais sexual. Foi então que ele começou a percorrer a mão pelo seu corpo.
Ela estava virada de frente, ainda permanecia estática. Sua pele era realmente lisa, o que ajudava o percorrer de mãos do rapaz. A respiração dele começou a ficar ofegante e quase incontrolável, não podia conter a vontade de chegar mais próximo da garota.
Ela abriu os olhos e o olhou, fixamente. Não pediu pra parar, e nem queria. Então ele a apertou mais próximo do seu corpo, ela não reagia, só o fitava. Ele a olhava nos olhos, e ficaram próximos se acariciando por mais alguns minutos. Não se beijaram.
Foi então que ele tomou a iniciativa de ficar em cima dela, não podia mais segurar sua vontade. Começou o ato. Eles ainda se fitavam, sem nenhuma palavra, nenhum beijo, mas o olhar falava, expressava, gemia.
Não deixava de ser algo casual, mas não deixava de ser algo especial. Então ela soltou um suspiro leve de prazer, e sorriu. Era o momento certo para dizer. Resolveu esperar mais uns minutos, ele parecia concentrado ainda no seu olhar. Ela gemeu, então preferiu fechar os olhos, estava perdendo a concentração, estava fora de si.
Ele pediu pra olhá-lo, ela abriu novamente os olhos, não pode evitar uma lágrima. Então ele parou, e ficou a observando. Ela tinha que dizer. Então ele disse que ela poderia continuar falando em silencio, pois ele a amava exatamente do mesmo jeito, amava seu falar em silencio, seu olhar penetrante e conversador. Ele sabia exatamente que estava se passando na cabeça dela, ela o amava, assim como ele.
Ela o abraçou forte e contraiu o corpo, apertando-o mais perto de si. Fecharam os olhos, e no final deitaram exaustos. Foi aí que ela resolveu expressar o que sentia. Preferiu ficar em silencio, preferiu curtir o momento para ver se tinha certeza, queria perceber cada detalhe, então disse que sexo ela já fez com muitos, mas sabia que só faria amor com apenas uma pessoa. Não foi o melhor orgasmo no final, mas durante todo o acontecimento ela sentia estar gozando, sentia-se feliz e como nunca amada.