Estava chovendo quando sai de lá. Engraçado, parece mais uma rotina. Sei que vai abrir a porta e ficar esperando eu entrar no elevador.
Abri o portão da frente, estava frio também. Não queria ter ido, dormir estava tão bom junto dela. Sabia que ela estava bem, estava comigo.
Quando fechou a porta, esqueci de perguntar se já havia melhorado, fiquei preocupada, odeio ter que ir embora. Começa a chover, começa a saudade, e deve ter começado uns 2 minutos após levantar da cama.
Incrível é que mesmo indo embora ainda a sinto comigo. Ate porque o celular não para de vibrar. Odeio ter que ir embora, odeio ter mentido. Uma vez, varias vezes. Odeio ter que fazê-la chorar, pelo passado, mesmo que pra mim pareça muito tempo atrás, pra ela é recente. Odeio ter que vê-la com medo, odeio a desconfiança. Odeio saber que a culpa é minha.
Mas amo ter que chegar e dizer, ‘’amor vou ficar mais um pouco’’, não vou mais mentir. Amor ter que fazê-la sorrir, pelo presente, mesmo que para os outros pareça algo insignificante, para ela é importante. Amo ter que a proteger, dos seus medos, dos meus medos. Amo ter que dizer ‘’confie em mim’’. Amo saber que a culpa é minha por ela me amar tanto.
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